A direção coreográfica de Anselmo Zolla traz, num primeiro momento, seres amorfos, ainda nem homens nem mulheres, que vão se construindo aos olhos do público. No decorrer de suas humanizações percorrem os terrenos delicados das paixões, dos medos e do amor. Para isso o coreógrafo revisita o universo visceral dos boleros e, como no mundo dos sonhos tudo é possível, nos leva a uma engenhosa Caixa Humana, numa delicada alusão à dança clássica. A montagem reverencia os grandes nomes da dança.
A cenografia, inspirada nas obras de Hieronymus Bosch, apresenta um cenário predominantemente noturno. Releituras musicais de Felipe Venâncio moldam a trilha sonora e transitam entre o clássico e contemporâneo, com obras de Bach, Ravel, Pergolesi, Tchaikovsky, Stravinsky e os boleros de Pink Martini. ‘TEU CORPO É MEU TEXTO’ homenageia a Arte como forma de perpetuação do sonho humano e por isso, nesta montagem, o diretor José Possi Neto utiliza não só da poesia física, mas também da poesia falada.
Fonte: Teu corpo é meu texto
Postado por : Allana Ferreira
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